Nativa de um país tropical, de um estado onde o sol brilha o ano inteiro iluminando as cores, criando variações das mesmas, numa pujança acrobática de matizes e vibrações dos mais variados, vive em comunhão com a natureza. Gosta dos contrastes e os utiliza sem cerimônia, confrontando rendas e tecidos brocados de um dourado intenso, com papelão corrugado e juta; usa símbolos do passado, lembrando uma época distante em conexão com símbolos atuais, numa visão quase futurista.
Na sua criação a colagem entrou de forma absoluta. Trabalha com tinta acrílica, tecidos, rendas, jornal, papelão, objetos dos mais variados e coisas que o acaso trás até ela.
Com suas pinceladas gestuais, acomoda as formas, que podem ser geométricas, com mandalas e tiras, cujos desenhos obedecem a inspiração do momento, flores, corações e estrelas que se unem a jornais, se contrapõem ou superpõem de forma livre, preenchendo os espaços e mesmo pintando sobre as colagens
Não se sente comprometida com nenhuma escola ou movimento. Busca sua inspiração em grandes mestres, como Matisse, Mondrian, Gauguin e nos contemporâneos Beatriz Milhazes e Robert Rauschenberg.