La Habana – New York, um Diálogo Possível
A economia se globaliza de forma inexorável, apesar de alguns recuos a cada crise. A Arte, que sempre se antecipa ou acompanha os movimentos econômicos e sociais, está, mais do que nunca, ignorando as fronteiras.
Temos um enclave – Cuba -, a uns poucos quilômetros dos EUA que, por questões ideológicas e pelo embargo econômico, se mantém isolada e, há décadas, não tem um diálogo consistente com seu vizinho.
As principais cidades, Havana e Nova York, não poderiam ser mais diferentes. A primeira, fechada, com seus prédios e automóveis, uma herança dos americanos, paralisados no tempo há mais de 50 anos, compõem, com a sua população desesperançada, mas pulsante, um cenário poético na sua decrepitude. A segunda, talvez a mais cosmopolita, moderna e pujante do mundo, é o seu oposto. Para o artista Marcel Duchamp, que revolucionou a arte moderna, “a cidade é uma grande obra de arte, um parque de esculturas…”.
Pois a Glen Arte mostra, através desses três artistas, Charles Chaim, Marcos Rosset e Rogério Cunha, que com seus olhares sensíveis nos trouxeram a alma dessas cidades, no confronto de suas imagens, que há um diálogo entre elas, hoje só possível na Arte.